top of page

Thaynara Oliveira - Sono e saúde: uma dupla qualidade de vida


Você dorme bem? Como está a qualidade do seu sono? Dormir bem é bom e todo mundo gosta, não é mesmo?! Uma noite bem dormida é um ganho pessoal para saúde e para qualidade de vida, uma vez que é durante o sono que o organismo restaura importantes funções para o equilíbrio de suas atividades, quais sejam: consolidação da memória, secreção e liberação de hormônios, fortalecimento do sistema imunológico e do metabolismo, dentre outras.


Engana-se quem pensa que uma noite bem dormida está resumida à quantidade de horas de sono. Há pessoas que dormem muito, porém dormem mal. Em outras palavras, mais importante que a quantidade de horas dormidas é a qualidade desse período. No geral, recomenda-se uma média de 8 horas diárias de sono, sem interrupções, para o adulto. Porém, esse número varia de acordo com a idade de cada indivíduo.


Pessoas que dormem pouco e dormem mal sobrecarregam o organismo e estão predispostas a situações como hipertensão e doenças cardiovasculares, desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 e de obesidade, redução da imunidade e surgimento de infecções virais constantes como gripes, por exemplo, além de transtornos psiquiátricos como ansiedade e depressão.


Em contrapartida, quem dorme bem adoece menos, tem melhor concentração em suas atividades, se estressa menos, tem menos chance de sofrer acidentes de trânsito secundárias ao cansaço por privação de sono, acelera o metabolismo, enfim, uma infinidade de benefícios.


É fato que, com o passar da idade, a quantidade e a qualidade do sono se modificam. Nosso organismo possui o ciclo de sono e vigília, que é o ciclo que determina quando estamos dormindo e quando estamos acordados, respectivamente. Com o passar da idade esse ciclo sofre modificações, sendo as principais delas a redução da secreção de melatonina, hormônio que “sinaliza a hora de dormir”; bem como o surgimento de doenças crônicas sobretudo àquelas que cursam com dor, e que, consequentemente, interferem diretamente na qualidade do sono. Além disso, fatores emocionais como depressão, sensação de solidão, preocupação excessiva com a vida, com a família, também afetam o sono.


Não obstante, os principais problemas relacionados ao sono como insônia, apneia obstrutiva do sono e síndrome das pernas inquietas também são comuns de surgirem com o passar da idade, ocasionando noites mal dormidas e sonolência diurna excessiva.


Em tempos de rotinas frenéticas de trabalho, comportamentos imediatistas, das coisas resolvidas aqui e agora, de preocupações diversas, manter uma rotina saudável de sono nem sempre é possível. E como melhorar a qualidade do sono nessas situações? Seguem algumas dicas úteis para você realizar a higiene do sono e trazer mais qualidade às horas no travesseiro:


- Primeiro de tudo: estabeleça rotina de horários. Seu corpo precisa entender a hora de dormir e de acordar;

- Evite uso de telas como celular, TV, computador antes de dormir. A cama é solo sagrado!

- Mantenha iluminação e temperatura adequadas. Quanto menos luminosidade, melhor. Calor e frios excessivos também não são bons. Equilíbrio é tudo!

- Evite praticar atividades físicas extenuantes poucas horas antes de dormir;

- Evite o consumo de alimentos e/ou bebidas estimulantes, sobretudo à base de cafeína, poucas horas antes de dormir;

- Alimentar-se antes de deitar também não é uma boa pedida. Dificulta a digestão e o sono;

- Se você já tem dificuldades de dormir a noite, evite cochilos durante o dia;

- Crie um ambiente confortável a atrativo para dormir;

- Um banho morno antes de dormir ajuda a relaxar e pode ajudar a iniciar o sono;


Contudo, se mesmo após por em prática todas essas sugestões você ainda mantiver dificuldade de iniciar e/ou manter o sono, não se automedique e busque orientação médica. O especialista em sono é o neurologista. Ele irá avaliar suas necessidades e conduzir melhor cada caso individualmente. Não normalize que dormir pouco é o seu normal. O normal é dormir bem!


Thaynara Oliveira

Médica - CRM/SE 6070


* o texto acima é meramente informativo e não substituiu a consulta médica.

0 comentário

Malhador

bottom of page