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Jilberto Oliveira - Meu caminhar é entre Trilhas e Veredas

Ocorreu nessa quinta, dia 29/12, no Teatro Tobias Barreto em Aracaju, o lançamento coletivo das obras do Programa Editorial da SEDUC/2022. Entre os livros lançados, encontrava-se um de minha autoria: Veredas das Flores & Outras Crônicas.

Vereda das Flores não é um romance nem um livro de ficção. É uma obra formada de crônicas que contam um pouco sobre a vida de alguns membros de uma comunidade evangélica que existiu por mais ou menos meio século na Várzea, uma localidade formada por vários sítios, situada a oeste do Povoado Alecrim, nos limites do que hoje faz parte dos municípios de Malhador e de Moita Bonita no Estado de Sergipe.


As crônicas desse livro não têm a pretensão de evangelizar os leitores e as leitoras que venham a adquiri-lo embora esteja repleto de bons exemplos que devem ser observados por qualquer pessoa independente de ser cristão ou não.


Da forma como não tem o objetivo de evangelizar quem quer que seja, também não pretende questionar os fatos os quais levaram à extinção daquela comunidade, após anos de pleno desenvolvimento tanto no campo espiritual como no social.


Se é verdade que o ser humano seja falho e que, por mais que se busque a perfeição, ela não exista, o que conta nessa busca não é ser perfeito, mas a constante insistência de alcançar esse objetivo e, por mais que se aproxime tanto no campo pessoal ou no espiritual, sempre haverá falhas já que falhar é próprio do ser humano. Porém, nessa obra, não mencionarei fracassos, pois a vida está repleta de exemplos fracassados.


Ao escrever as crônicas de Vereda das Flores, tive em mente registrar fatos e experiências positivas que presenciei e ouvi falar a respeito daquele grupo de pessoas simples que buscava uma vida em harmonia tanto com seu semelhante assim como o Evangelho que pregavam.


No decorrer da leitura dessa obra, o/a leitor/a perceberá que não há referência à denominação religiosa a que o grupo pertencia, refiro-me a eles apenas como crentes evangélicos, tendo em vista que o fato de pertencer a alguma dessas denominações, para mim, não é o mais importante. Importante mesmo era a forma como viviam em humildade, fraternidade e comunhão de acordo com aquilo que professavam.


Ao fazer assim, provo que as boas ações devem ser valorizadas, independentes de quem as pratique. E, a todos nós cabe o dever de reconhecê-las a fim de que se transformem em uma cultura coletiva na propagação dos bons exemplos para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária.


Assim, como me propus a escrever crônicas a respeito daquela comunidade, poderia estar escrevendo sobre qualquer outra que me chamasse à atenção pelos seus feitos realizados em prol do ser humano. Não importando a que religião pertencesse, pois, o importante não é a religião. É a prática de acordo com o que ela ensina.


Espero que os leitores e leitoras que vierem a adquirir esta obra se encantem com o exemplo de vida de pessoas simples como o de dona Felismina, o de tio Borges e o de seu Manezinho entre tantos outros daquela comunidade e apreciem as descrições feitas sobre a Várzea e os sítios que compunham seus domínios.


Será notado também que não há referência a ambientes e pessoas luxuosas, tendo em vista que os atores mencionados estão em perfeita harmonia com as condições econômicas e o cenário em que eles atuavam. Ali, predominam as cenas bucólicas com suas casinhas humildes feitas de barro, as flores mirradas do jardim de dona Felismina, a imbiribeira que sombreava a estrada, as lagoas da Várzea onde os meninos nadavam e o cotidiano simples do povo da roça, enfim, está repleta de motivos campestres.


Tudo na obra é um convite à contemplação de Deus e da natureza. Vale a pena ser conferido.

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Malhador

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