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H3N2: o que é, sintomas, transmissão, tratamento e prevenção

Atualizado: 5 de jan. de 2022


O alto número de casos de Influenza H3N2 em todo o país tem preocupado os profissionais de saúde e órgãos competentes. Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador são as cidades com maior incidência. A doença tem sintomas parecidos aos de uma gripe comum.


Assim como o H1N1, o H3N2 é um subtipo de influenzavírus A. As diferenças entre eles ocorrem por mudanças nas proteínas de superfície – hemaglutinina e neuraminidase.


O vírus tem uma característica sazonal: ele circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses do outono e inverno.


De acordo com o Dr. Álvaro Furtado, que infectologia e professor da Sanar, o momento que vivemos agora é de um surto extratemporal de influenza, de H3N2. O fenômeno incomum pode ter relação com a baixa cobertura vacinal contra a gripe e flexibilização das medidas de restrição e prevenção adotadas contra a Covid-19.


“As campanhas foram centralizadas para a vacinação contra a Covid-19. Tivemos as campanhas de influenza, mas a adesão à vacina da gripe foi pequena. Quando há uma baixa adesão, também há um nível mais baixo de proteção”, explica o médico.


O médico também pontuou que o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social, principalmente a máscara, segurou bastante a transmissão de vírus respiratório.


Para conter o surto, o Dr. Álvaro Furtado afirma que é “preciso voltar a focar no uso de máscara, nas medidas de prevenção e pensar em campanhas de imunização, mesmo que mais tardias e que o imunizante disponível tenha um sorotipo diferente do que está circulado, porque pode ter uma proteção cruzada”.


O que é o H3N2 e como ocorre a transmissão?


O vírus H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A, também conhecido como vírus do tipo A, que é um dos principais responsáveis pela gripe comum, conhecida como gripe A, e pelos resfriados.


É facilmente transmitido de pessoa para pessoa, semelhante a como ocorre com o coronavírus através de gotículas expelidas pela tosse, espirro ou fala.


O H3N2 surgiu em Hong Kong na década de 1960, mas sofreu uma nova mutação na Austrália. A cepa é chamada de Darwin, pois é o nome da cidade australiana onde ela foi sequenciada.


Vale acrescentar que, de acordo com o Influenza Research Database, um banco de dados global com informações sobre os tipos de vírus da gripe já identificados, mostra que a cepa H3N2 foi coletada pela primeira vez na Austrália e teve o genoma submetido ao GenBank em 2008.


Quais são os sintomas? Como é feito o tratamento?


Os sintomas mais comuns são picos de febre, dor de garganta, tosse, secreção nasal excessiva, dor de cabeça e no corpo e mal-estar intenso. Pode ter ocorrência de vômito e diarreia.



O vírus H3N2 é mais frequente em idosos e crianças. E é justamente por isso que esses públicos são considerados prioritários na campanha de vacinação contra gripe. Pessoas com o sistema imunológico comprometido, grávidas e portadoras de doenças crônicas também devem ficar alerta para se prevenir.


Para o tratamento, é indicado que a pessoa doente faça repouso, ingestão de bastante líquido e aposte em uma alimentação equilibrada e leve. O médico também pode recomendar o uso de medicamentos antiviruais e outros que aliviem sintomas de dor e mal-estar – como Paracetamol ou Ibuprofeno. Os casos graves da doença podem necessitar de internação.


Como se prevenir do vírus H3N2?


Para prevenção, o infectologista Álvaro Furtado recomenda adotar os mesmos cuidados usados para fugir da Covid-19. Usar máscaras, lavar as mãos frequentemente e evitar aglomerações.


Além disso, ao apresentar sintomas dessa gripe, o ideal é que a pessoa se isole das demais por até seis dias e só sair de casa após a normalização da temperatura (em caso de episódios de febre).


“É o momento de entendermos a importância do uso de máscara para se proteger de outros vírus respiratórios. Afastar as pessoas doentes, fazer diagnóstico, investir em testagem fora do vírus da covid. Tudo isso em um planejamento de prevenção contra vírus respiratório é importante. Além disso, o monitoramento também precisa continuar para todo o Brasil, mesmo que esses surtos pareçam estar mais concentrados em algumas capitais – Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, outras cidades também já estão ficando com os prontos socorros cheios”, concluiu Álvaro.


Fonte: SanarMed

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